Justiça marca julgamento do caso Agda

Justiça marca julgamento do caso Agda

 

Jean Carlos de Oliveira Pinto, acusado de matar e estuprar a modelo Agda de Rocha Fátima, vai a júri popular no dia 16 de abril deste ano, conforme confirmação da 1ª Vara Criminal do Fórum de Justiça de Ponta Grossa. O crime aconteceu em setembro de 2011 e chocou a população local.

 O advogado de defesa, César Gasparetto, diz que os argumentos utilizados no dia do julgamento serão os mesmos utilizados por seu cliente desde o início do processo. “Meu cliente nega a autoria do crime e alega que o que aconteceu naquele dia foi um acidente. Infelizmente, o maior erro foi ele não ter permanecido no local, mas ele chamou por socorro, conforme está gravado e foi apresentado no processo”, cita. A defesa arrolou cinco testemunhas e a acusação oito. O DC tentou contato com o advogado de defesa Ângelo Pilatti Junior, mas sem êxito.

 Agda Rocha, que tinha 21 anos, foi morta em setembro de 2011, dentro de casa, no Núcleo Pimentel, em Ponta Grossa. O vendedor Jean Carlos foi preso em flagrante e continua atrás das grades. O Ministério Público denunciou o vendedor por homicídio duplamente qualificado. A primeira qualificadora foi porque o autor usou recurso que impossibilitou defesa da vítima e a segunda para assegurar a impunidade de outro crime, no caso, o estupro. Para o MP, o rapaz teria matado Agda porque ela reagiu à tentativa de relação sexual. Segundo a denúncia, o suspeito tinha “pleno conhecimento de que a vítima estava embriagada e sozinha em sua casa”.

 Eles haviam se conhecido na noite anterior por meio de uma amiga em comum, em um bar, e, depois de levá-la para casa, retornou na tentativa de manter relações sexuais com ela.

 Conforme o documento, o objetivo inicial de Jean Carlos era satisfazer seu desejo sexual. Por isso, o rapaz entrou na casa de Agda pulando o muro e depois quebrou o vidro da porta dos fundos. De acordo com a denúncia, ele “constrangeu” a vítima, que estava dormindo em sua cama e sob efeito de álcool. Agda estava “totalmente impossibilitada de defender-se, tendo em vista sua embriaguez” e o acusado usou de violência e força física, ficando sobre a vítima, apertando-a e segurando-a. Ele abaixou sua calça e da modelo, beijou-a e tocou em suas partes íntimas. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a modelo foi estuprada e depois morta por sufocação direta, ou seja, o assassino trancou o nariz e a boca da vítima para ela parar de respirar.