Jogadores do Operário se pegam e equipe do JM flagra

Jogadores do Operário se  pegam e equipe do JM flagra

Os jornalistas Felipe Gustavo, da equipe JM e Rádio CBN, e Thiago Terada, do JM e do Portal Futebol Paranaense, foram ameaçados e intimidados enquanto acompanhavam o treino do Operário Ferroviário realizado na tarde de ontem na Kurashiki. Os autores da truculência são o diretor Pedro Henrique Poitevin, membro da LA Sports, e o segurança identificado como ‘Fabão’. Além das atitudes ríspidas, eles obrigaram Thiago a deletar as fotos que tinham sido feitas durante o treinamento. A atitude covarde demonstra a incapacidade das pessoas que estão à frente de um dos principais times do interior do Paraná, que é o Operário.

Os jornalistas estavam acompanhando as atividades do clube, quando o lateral esquerdo Fabinho e o volante Jacio bateram boca e entraram em luta corporal. Thiago registrou em fotos o momento da briga, mas, ao perceberem o ato, o diretor da LA Sports e o segurança da empresa obrigaram o fotógrafo a apagar cada um dos registros feitos.

Diante da recusa do jornalista, ‘Fabão’ ameaçou quebrar o equipamento usado por Thiago, enquanto Pedro Henrique Poitevin declarou que não deixaria a equipe do JM trabalhar em qualquer atividade do Operário daqui para frente. “Tomarei a medida de impedir vocês de trabalhar aqui”, disse o diretor.

O segurança, por mais de uma vez, tentou puxar a máquina do fotógrafo que, depois das ameaças, apagou o material.

Os jornalistas acompanhavam as atividades para registrar a confirmação do atacante Paulo Sérgio e do goleiro Carlos no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF. Os dois atletas estão aptos a atuar pelo Fantasma no Campeonato Paranaense. O centroavante será titular na partida contra o Atlético-PR, sábado, às 15h30, no Janguito Malucelli.

A iniciativa do diretor da LA Sports, Pedro Henrique Poitevin, e de um segurança identificado por ‘Fabão’, que intimidaram a equipe do Jornal da Manhã, ontem, obrigando, inclusive, que o fotógrafo Thiago Terada apagasse as fotos feitas no treino, é reprovável, demonstrando, sobretudo, a falta de respeito com os profissionais de imprensa que acompanham o time. A direção do JM repudia tal ato, exige resposta da direção do Operário e entrará hoje com pedido de abertura de inquérito policial contra os agressores.

O diretor Pedro Henrique Poitevin e a assessoria do clube foram procurados, mas não se posicionaram sobre o assunto.