Murilo
Schilklaper
Quem prejudica mais a sociedade: o alienado político ou o politiqueiro? Um não vive sem o outro. Essa dupla consegue fazer bastante estrago. Basta olhar a nossa volta e perceber quanta coisa ainda falta para vivermos bem em sociedade.
O cidadão que não procura se instruir politicamente acaba reproduzindo os preconceitos que infestam nosso dia-a-dia e não nos ajudam em nada. Ao contrário, só atrapalham, porque desestimulam os outros a pensarem em soluções que somente através da política podem ser implantadas.
Chego a pensar que essa geração não é ainda a que vai dar a volta por cima. Parece-me que, no geral, o ambiente de discussão política não está maduro o suficiente para alavancar uma necessária quebra de paradigmas.
Escuta-se muito por aí que “não adianta, são todos corruptos”. Mas por outro lado, tem os que acham possível fazer algo de bom com o que temos agora.
Creio que deveríamos ter aí uma espécie de “fiel da balança”. Seria o caso das pessoas que se alijaram do processo do pensamento político se engajarem de alguma forma. Não necessariamente em uma militância político-partidária ou algo do gênero.
Mas esse engajamento deve ocorrer na esfera do debate, da busca de informações concretas e da participação na vida pública.
Dedicar um tantinho só do seu tempo diário para estudar algo sobre a política genuína é o que pode fazer a diferença nesse nosso mundo tão injusto socialmente.
Precisamos aprender a passar pelo filtro da compreensão todas essas atitudes equivocadas dos politiqueiros.
Que eles não sirvam para alimentar o preconceito, mas sim para buscar formas de educar a sociedade para repelir esse comportamento.
Sei que é bastante cansativo para a maioria das pessoas ficar lendo ou escutando esse tipo de assunto.
Tenho uma dica para espantar esse fastio: pense no objetivo principal que é construir uma sociedade justa e fraterna, em que todos tenham oportunidade de viver bem.